Já dizia Lucien Kroll, sobre a impossibilidade do arquiteto se desvencilhar de referências próprias, de repertórios pessoais, com conceitos concebidos previamente, no ato de projetar.
Eu vejo isso em mim...inerente a própria vontade..quando me olho, me pego carregada de "emsimesmamentos" (desculpem-me o neologismo bobo..rs)...
Um exercício diário tem sido a busca por apreender o que me cerca..o sentido do todo e não do único, do plural ao invés do singular...Uma constante releitura de mim mesma, na tentativa de me despojar da idéia de arquiteto que me foi ensinada...e entender que a arquitetura pode (e deve) ser fruto de várias mãos...várias fontes, improváveis, imprecisas? não importa..ela é dinâmica, poética, coletiva...
FAU _ 1945 Vilanova Artigas
Mas confesso, e busco entender o porque, meu gosto particular sempre pender para a escola paulista. (Não, não é pq moro no estado de SP)
Desde a minha entrada na universidade, melhor, desde antes dela...a forma como a arquitetura da escola paulista se coloca na paisagem me comove. Mesmo com suas questões de materialidades, formas, funcionalidades bastante discutíveis..e eu tenho ciência disso....não sei explicar, mas me fascina...
Rosbuta, sóbria, elegante...
Ela traduz um gosto bastante pessoal, e ainda não sei explicar bem o porque.
A Casa de Vidro _ 1948 Vilanova Artigas