segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
possível constatação fundamental...
Pode ser que ao se trabalhar com comunidades, pessoas, memórias, olhares...
Pode ser que muito insistam na investigação mediada pela relação pesquisador-sujeito...
No entanto, hoje, em visita e entrevistas ao conjunto habitacional que se trata de um dos focos da
minha pesquisa de mestrado, entendi uma coisa da qual já havia falado antes, sem ter me dado conta
experiencialmente. O que importa são as pessoas.
Quando se deseja entender/estudar/pesquisar comunidades, pessoas, espaço... Pode ser que nesse caso se deva ter em mente principalmente: anseios, expectativas, frustações, histórias de vida, desejos, planos, desavenças...
Enfim, uma infinidade de aspectos que não são mensurados por metodologias estrturadas e etc, mas talvez possam ser levemente tocados quando o pesquisador se permite, não ser o distante pesquisador na comunidade, mas quando se permite vivenciá-la, olhá-la sem lentes, sem medos, receios, juízos...
Pode ser que quando temos certos conceitos ou pressupostos delineados, seja um difícil exercício de despojo livrar-se de todos eles, para que assim possamos ver única e claramente tudo que um universo de pessoas diversas pode mostrar/ensinar/etc.
Curioso, ao chegar na comunidade, esperava eu encontrar um cenário de desolamento, ao invés disso, havia vida ali, tímida? talvez...não sei [e não cabe a mim] precisar..Mas ela estava ali.
As ruas, passarelas, portas, tdo impregnado de vida, e o que mais ela traz, sem querer fazer de coisas trágicas poesia e beleza. Impregnava ali angústias também, morte, preconceitos...
Entender que possivelmente a troca não seja simplesmente mútua, mas os ganhos exponencialmente maiores do que a doação. É sobre isso que tenho pensado, me esforçado para entender, e ser...
Algumas palavras aqui e outras que guardo no moleskine, meus indefectíveis "diários de viagem"...rs...
Sendo escritos sem pressa, sem precisão, sem cautela...sem pretensão, apenas meus diários!
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Um comentário:
Reflexões cotidianas, mas sempre necessárias... que seriam dos poetas, filósofos e artistas sem um... moleskine!
gostei no novo visual do blog. abraço
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