segunda-feira, 9 de maio de 2011

outra ____________ fundamental...[?]

No fim das contas,
acho mesmo [juro, é sério]
que Simmel vai mudar minha vida...rs...
Se não tanto, pelo menos alguns rumos em minha
pesquisa....Ah, isso vai!

Se eu penso então a Modernidade sob o olhar de Marx, Webber
e Simmel, me proponho então a pensar no estatuto do indivíduo,
e no entendimento das partes no processo.



A possibilidade de apontar um confrontamento fundamental do indivíduo
frente o meio social, nos faz refletir sobre um embate pela conservação
de suas peculiaridades frente as coerções sociais que o circundam.

Se no séc. XVII, especulava-se sobre um homem que buscava fugir do todo
e da homogeneidade predominante do coletivo, falava-se em idéias liberalistas,
e basicamente em um "individualismo" que remete ao seu aspecto universal,
distinto essencialmente do qual percebemos e estudamos hoje.
O séc. XIX traz novos paradigmas para pensar a esfera do indivíduo. Tem-se
dicotomias como: massificaçãoxespecialização; sujeitoxindivíduo...
E a distinção se dá de forma muito mais enfática pelo viés do trabalho como divisor
social. A chamada "liberdade" anteriormente, torna-se quase que algo atrasado e
indiferente.

Mas o que se tem de semelhante em ambas situações, é o claro desejo
desse homem buscar fugir da homogeneização em relação aos demais,
uma "resistência do sujeito a ser nivelado e consumido em um mecanismo 
técnico-social." [SIMMEL, 1903, p. 577]
Notem que nesse momento o que antes era referido como indivíduo, agora
se trata de "sujeito" e claro que não é um mero jogo de palavras. Simmel
se refere nesse momento ao indivíduo que se elabora, que já passa pela figuração,
que já não se coloca como indivíduo no todo, mas como aquele com presente subjetivação
de sua existência, portanto, o sujeito.
Na verdade, não pretende-se esgotar o tema, e menos grandes exposiçõea steóricas, apenas
almeja-se, nesse caso, delinear um entendimento teórico que permita confrotamento e questionamento
dentro da pesquisa, do indíviduo e seu ambiente.


[1] SIMMEL, G. As grandes cidades e a vida do espírito (1903).
In: Mana, n. 11, 2006, p. 577-592

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